Às livrarias acabam de chegar duas obras que versam sobre o brutal homicídio do engenheiro agrónomo de Torres Vedras.
Violentamente espancado com uma marreta, ele perdeu a vida na sua casa de Lisboa. Dois homens foram acusados de praticar o hediondo crime, a mando da mulher da vítima.
É interessante fazer uma abordagem conjunta dos dois livros. Ambos têm muito valor e revestem grande interesse. O autor de “Maria das Dores – A Viúva Negra” é jornalista. “Ganância” é da autoria de um médico escritor: o pai da vítima.
Ambos terminam a narrativa no mesmo limite temporal: a leitura da sentença, após o julgamento. Os três arguidos foram sentenciados a pesadas penas, sendo a mais gravosa aplicada à mulher: 23 anos de prisão. Está pendente recurso e o caso ainda não se encontra definitivamente encerrado.
Tal como anteriormente procedi em relação à obra que relata a perspectiva do sargento Luís Gomes sobre o caso Esmeralda, importa fazer um alerta.
Este tipo de livros tem sempre uma certa componente de ficção.
O autor de “A Viúva Negra” adverte logo, na capa, que se está perante “a verdade possível”.
O médico José Pereira da Cruz explica que “a narrativa nasce da fusão do espírito ficcionista do autor, com um julgamento que apaixonou a comunicação social”.
Embora sejam documentos muito úteis e bem escritos, ambos os livros teriam a ganhar com dois cuidados que não se verificaram. Era necessária uma prévia recolha de dados, mais completa. Por outro lado, após a sua redacção, impunha-se uma rigorosa revisão técnica.
Na contra-capa de “A Ganância”, figura uma espécie de sinopse, não se esclarecendo quem redigiu a mesma. Aí se relata que o malogrado engenheiro foi vítima de três tentativas de assassínio.
Depois, acrescenta-se que, no dia 20 de Janeiro de 2007, ele “sucumbe finalmente perante uma quarta e derradeira tentativa de homicídio”.
Esta frase é digna da clássica questão: “importa-se de repetir?”.
Sucumbe? Quer dizer que, infelizmente, foi morto.
Bem… então, não há nenhuma tentativa de homicídio. Desgraçadamente, trata-se de um crime consumado.
Derradeira? Tal significa que foi a última vez. Pudera… Olha a novidade! É natural. Se o infeliz foi selvaticamente assassinado, era impossível tentar novamente.
Violentamente espancado com uma marreta, ele perdeu a vida na sua casa de Lisboa. Dois homens foram acusados de praticar o hediondo crime, a mando da mulher da vítima.
É interessante fazer uma abordagem conjunta dos dois livros. Ambos têm muito valor e revestem grande interesse. O autor de “Maria das Dores – A Viúva Negra” é jornalista. “Ganância” é da autoria de um médico escritor: o pai da vítima.
Ambos terminam a narrativa no mesmo limite temporal: a leitura da sentença, após o julgamento. Os três arguidos foram sentenciados a pesadas penas, sendo a mais gravosa aplicada à mulher: 23 anos de prisão. Está pendente recurso e o caso ainda não se encontra definitivamente encerrado.
Tal como anteriormente procedi em relação à obra que relata a perspectiva do sargento Luís Gomes sobre o caso Esmeralda, importa fazer um alerta.
Este tipo de livros tem sempre uma certa componente de ficção.
O autor de “A Viúva Negra” adverte logo, na capa, que se está perante “a verdade possível”.
O médico José Pereira da Cruz explica que “a narrativa nasce da fusão do espírito ficcionista do autor, com um julgamento que apaixonou a comunicação social”.
Embora sejam documentos muito úteis e bem escritos, ambos os livros teriam a ganhar com dois cuidados que não se verificaram. Era necessária uma prévia recolha de dados, mais completa. Por outro lado, após a sua redacção, impunha-se uma rigorosa revisão técnica.
Na contra-capa de “A Ganância”, figura uma espécie de sinopse, não se esclarecendo quem redigiu a mesma. Aí se relata que o malogrado engenheiro foi vítima de três tentativas de assassínio.
Depois, acrescenta-se que, no dia 20 de Janeiro de 2007, ele “sucumbe finalmente perante uma quarta e derradeira tentativa de homicídio”.
Esta frase é digna da clássica questão: “importa-se de repetir?”.
Sucumbe? Quer dizer que, infelizmente, foi morto.
Bem… então, não há nenhuma tentativa de homicídio. Desgraçadamente, trata-se de um crime consumado.
Derradeira? Tal significa que foi a última vez. Pudera… Olha a novidade! É natural. Se o infeliz foi selvaticamente assassinado, era impossível tentar novamente.