terça-feira

MARAVILHAS DA ARQUITETURA SETUBALENSE (Parte 2)



A localidade sadina brinda-nos com obras-primas da construção, que dão um valioso contributo à cirurgia ortopédica nacional, provocando fraturas a quem tem o azar de se cruzar com elas.
Esta escada localiza-se no Tribunal de Família de Setúbal. Dá acesso a uma porta, que também deve ter sido concebida ilegalmente. Não apresenta número de polícia. O tribunal deve cumprir a lei. Mas todos sabem que isso nem sempre acontece.
O pior é que a escada não obedece sequer às mais elementares normas de segurança.
Ocupa todo o passeio, o que em tempos idos dava cadeia, por pejamento. As pessoas que pretendiam dispor de uma escada tinham de construí-la dentro do edifício e não em cima do passeio.
Ora o peão segue o seu caminho. Forçosamente, tem de subir os degraus. Depois, desce pela rampa, que deve ter sido inventada para quem se desloca de cadeira de rodas. O cidadão não tem nada que ver com o tribunal, está ali só de passagem, mas obrigam-no àquela saudável gincana.



SAIR DO VULGAR

O desafio mais radical é para quem se encontra no interior do tribunal e pretende sair.
Se estiver bem atento, vira à direita e desce pelos degraus. Ou, então, vai pela esquerda e toma a ladeira dos deficientes.
O mais provável é agir como todas as pessoas que saem de uma porta: dirige-se em frente. Estatela-se no asfalto. Com sorte talvez haja por lá um carro estacionado. Assim, sempre aterra no tejadilho ou no capot.