O caso passou-se na simpática vila de Grândola, no
Alentejo litoral.
O tribunal foi remodelado em 2008 e oferece boas
condições de trabalho. Já depois destas obras, ocorreu uma distração resultante
de excesso de confiança, permitindo a fuga de um arguido que tinha sido
apanhado pela Polícia Judiciária.
Há uns meses que as autoridades vigiavam um grupo de
paquistaneses dedicados a introduzir haxixe na região. Circulavam em veículos
de luxo. Forneciam os estupefacientes aos dealers locais, com quem comunicavam
por telemóveis que se encontravam sob escuta.
PERSEGUIÇÃO
A PJ planeou a captura para um momento em que os sete
indivíduos se encontravam juntos, tendo-se dividido apenas por dois carros. Os
inspetores encetaram uma perseguição, que ainda se prolongou por alguns
quilómetros e mais tempo do que se previra.
No final, detiveram todos os suspeitos. Porém, um dos
traficantes fora alvejado na perna, por um elemento policial. Conduzido ao
hospital, recebeu tratamento. Estava em condições de ser presente ao juiz de
instrução criminal conjuntamente com os restantes arguidos.
De modo que os sete arguidos lá foram transportados
para o tribunal. O ferido claudicava, mas com o auxílio de uma canadiana,
andava razoavelmente.
Estava-se em férias judiciais. O juiz de turno
compareceu e interrogou um arguido de cada vez.
De repente, um elemento policial deu pela falta de um
detido. Precisamente o que tinha sido atingido a tiro e coxeava. Tinha fugido.
Nunca foi recapturado. Deve ter abandonado o nosso país e tornou-se inviável
localizá-lo.
Aquele que parecia estar em condições mais difíceis
para escapar foi exatamente o que se evadiu.