A
verdade é que me sinto muito melhor, que os medicamentos do Adolfo Coelho me
têm feito muito bem.
Os
beijos mais saudosos e ternos da muito, muito tua
Maria
de Jesus
Maria Barroso referia-se ao médico que rapidamente a
curou da doença que a afetava aos 43 anos. E contava tudo ao marido, deportado
em São Tomé e Príncipe, através de carta enviada em 15 de julho de 1968.
Atualmente, a situação é muito mais complicada.
GRÉMIO
Há quatro anos, a minha Amiga Isabel Cupertino pedia-me
alguns conselhos sobre o lançamento de um livro de poesia, de sua autoria, a
ter lugar no Grémio Literário.
Eu disse-lhe que extratos da obra deveriam ser lidos por
dois declamadores: uma voz feminina e outra de homem. Sugeri-lhe Maria Barroso
e Manuel Alpalhão, que a Isabel não conhecia pessoalmente. No entanto, confiou no
meu parecer.
Eu fiz os contactos necessários e o evento foi um
enorme êxito.
VERNISSAGE
Uns tempos mais tarde, ocorria uma grandiosa vernissage
no centro Champalimaud, reunindo quadros de dezenas de artistas.
Eu pedi a Maria Barroso que desse especial atenção a
uma obra do meu Amigo Vasco Bobone. Ela acedeu a observar a aguarela com
pormenor.
Acontece que Maria Cavaco Silva estava presente.
A antiga atriz esclareceu-me que não poderia haver
equívocos. A deslocação até junto daquela pintura não poderia implicar um
afastamento da Primeira-Dama, posição que ela ocupara anteriormente. De modo
que, com grande diplomacia e classe, lá foram as duas admirar o painel, realmente muito bem executado.
A bondade desta magnífica Senhora nunca será esquecida.